Copom deve subir taxa de juros para 13,25% na primeira reunião sob comando de Galípolo
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se prepara para a sua primeira reunião sob a presidência de Gabriel Galípolo, e as expectativas do mercado indicam um aumento da taxa de juros para 13,25%. Essa decisão ganha ainda mais relevância considerando que a maioria dos diretores atuais do Banco Central foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que pode influenciar as diretrizes da política monetária do país.
1/29/20252 min read


A taxa de juros, atualmente em 12,75%, tem sido um dos principais instrumentos do Copom para controlar a inflação e manter a estabilidade econômica. Com a pressão inflacionária persistente e as incertezas no cenário internacional, o aumento para 13,25% pode ser uma estratégia para reforçar o compromisso do Banco Central com o controle dos preços e a manutenção da credibilidade da política monetária.
A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central trouxe expectativas mistas ao mercado. Como ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Galípolo é visto como um nome alinhado ao governo, mas também como um economista técnico e pragmático. Sua condução na reunião do Copom será fundamental para definir o rumo da taxa de juros nos próximos meses e demonstrar como pretende equilibrar os interesses do governo com as necessidades da economia brasileira.
Os especialistas do mercado financeiro estão atentos às sinalizações que sairão desta reunião do Copom. Caso a taxa de juros suba para 13,25%, os impactos serão sentidos em diversos setores da economia, especialmente no crédito, no consumo e nos investimentos. Um aumento da taxa pode encarecer o custo do dinheiro para empresas e consumidores, reduzindo o ritmo de crescimento econômico, mas ao mesmo tempo ajudando a conter a inflação, um dos principais desafios da atual gestão.
O Banco Central tem adotado uma postura cautelosa diante das pressões por uma política monetária mais flexível. Com um Conselho Diretor majoritariamente formado por indicações do presidente Lula, há uma expectativa sobre possíveis mudanças na abordagem do Copom em relação à taxa de juros. A decisão de aumentar para 13,25% pode ser interpretada como um movimento para garantir que a inflação continue sob controle e evitar desconfiança dos agentes econômicos.
A próxima reunião do Copom será um teste importante para Gabriel Galípolo e para a nova composição da diretoria do Banco Central. O aumento da taxa de juros para 13,25% pode ser visto como um gesto de compromisso com a estabilidade econômica, mas também como um desafio para um governo que busca estimular o crescimento e o emprego. Resta aguardar o desfecho da reunião para entender melhor os rumos da política monetária no Brasil sob a nova liderança.