Explosões no Oriente Médio: Por que os EUA atacam os Houthis no Iêmen – e como isso pode desencadear uma guerra global
Os Houthis, oficialmente conhecidos como Ansar Allah, são um movimento político e militar originário da comunidade xiita zaidita no norte do Iêmen. Desde 2014, eles têm desempenhado um papel central no conflito iemenita, após assumirem o controle da capital, Sanaa, e de outras regiões do país. O grupo é amplamente reconhecido por sua oposição ao governo central do Iêmen e por sua resistência às intervenções estrangeiras na região.
3/16/20252 min read


Razões para os Ataques dos EUA aos Houthis
Em 15 de março de 2025, os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, lançaram uma série de ataques aéreos contra posições dos Houthis no Iêmen. Essa ação foi justificada como uma resposta à "campanha implacável [dos rebeldes] de pirataria, violência e terrorismo contra navios, aeronaves e drones americanos e de outros países" no Mar Vermelho.
Os ataques aéreos tiveram como alvo bases, líderes e defesas de mísseis dos Houthis, resultando em explosões significativas em áreas como Sanaa, Sa'dah e no bairro de Jeraf. Relatórios indicam que pelo menos 31 civis morreram e aproximadamente 100 ficaram feridos devido aos bombardeios.
Resposta dos Houthis e do Irã
Em reação aos ataques, os Houthis classificaram as ações dos EUA como "crimes de guerra" e declararam que suas forças armadas estão "totalmente preparadas para responder à escalada com escalada". O gabinete político dos Houthis enfatizou sua prontidão para retaliar, aumentando as tensões na região.
O Irã, principal aliado dos Houthis, condenou veementemente os ataques dos EUA. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, criticou as ações americanas e exigiu o fim do apoio dos EUA a Israel e das operações militares no Iêmen, alertando sobre possíveis represálias.
Duração e Implicações dos Ataques
Autoridades dos EUA indicaram que os ataques aéreos contra os Houthis podem continuar por semanas, representando uma das maiores operações militares americanas no Oriente Médio desde a posse de Trump. Essa ofensiva ocorre em um momento de crescente pressão sobre o Irã, com os EUA tentando levá-lo de volta às negociações sobre seu programa nuclear.
A escalada do conflito no Iêmen tem implicações significativas para a estabilidade regional e para as rotas marítimas internacionais no Mar Vermelho. A continuidade dos confrontos pode afetar o comércio global e intensificar as tensões entre os EUA, Irã e seus respectivos aliados.
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